Outro dia, uma cliente chegou na Dash com uma pastinha cheia de referências. Mostrou várias fotos da Kate Middleton e falou: “Quero que minha equipe se vista elegante como ela”, disse, animada.
E esse não foi um pedido isolado — muitas pessoas nos procuram com fotos da Kate quando o assunto é transmitir elegância.
A gente adora quando os clientes vem com ideias, mas nesse caso, antes de falar de modelagens, tecidos ou combinações, puxamos uma reflexão: “Você já parou pra pensar se o que funciona na realeza britânica também faz sentido pro seu ambiente de trabalho aqui no Brasil?”.
Porque, veja bem: elegância não é uma fórmula mágica. Não é um vestido de comprimento midi, um blazer de alfaiataria ou uma camisa de seda.
Elegância é contexto
É um conjunto de fatores que mudam com o ambiente, o clima, a cultura e a proposta de cada espaço.
Nós moramos no Brasil — um país tropical, com temperaturas elevadas na maior parte do ano. Será que estaríamos realmente elegantes usando as roupas pesadas e estruturadas que funcionam no clima úmido e frio de Londres? Acreditamos que não.
O que é considerado elegante em um lugar pode destoar completamente em outro.
E é aí que mora a virada de chave: existem muitas formas de ser elegante — e a sua pode (e deve) ser construída com autenticidade e consistência.
👉 Continue lendo para entender de onde vem essa ideia de elegância “universal” — e como você pode construir uma imagem elegante dentro do seu próprio contexto.
O que é, afinal, essa tal de elegância?
Durante séculos, o que a gente chama de “elegância” esteve muito ligado à nobreza, à realeza e à elite econômica.
Ser elegante era se vestir de forma recatada, com tecidos nobres, caimentos perfeitos e uma certa discrição que, por muito tempo, foi confundida com superioridade.
Essa ideia perdura até hoje. Por isso a associação imediata com pessoas como a Kate: ela carrega o símbolo da tradição, da realeza e da estética “comportada”.
Com o tempo, a elegância também passou a ser vinculada ao estilo minimalista. Cores neutras, cortes retos, roupas sem excesso de informação visual. Isso ganhou força com ícones como Audrey Hepburn, Carolina Herrera, e agora, com as figuras contemporâneas da monarquia europeia.

E é importante dizer: esse tipo de elegância não está errado. Ele é bonito, clássico e segue funcionando muito bem em determinados contextos.
O ponto é entender que ele não é o único caminho. Existe mais de uma forma de ser elegante — e tudo vai depender de quem você é, de onde você está e do que faz sentido para a sua realidade.
Mas se a gente pensar bem… será que dá pra aplicar esse tipo de estética de forma direta no nosso contexto?
A Elegância no Brasil: tropical, criativo e despojado
Morar e trabalhar no Brasil muda tudo. Aqui, a temperatura não permite camadas e mais camadas de roupa — muito menos em regiões quentes e úmidas como o Norte, o Nordeste ou mesmo o Sudeste no verão.
Além disso, nosso estilo de vida é mais descontraído. Aqui as estampas tropicais, as cores vibrantes, os tecidos leves e fluídos são mais bem-vindos e conseguem ser tão elegantes quanto os cortes retos e cores sóbrias usadas por Kate Middleton.


E mesmo dentro do Brasil, há variações enormes! Uma equipe de um escritório de advocacia em São Paulo, por exemplo, terá um tipo de elegância diferente da equipe de um estúdio criativo em Recife.
E está tudo bem com isso. A elegância que funciona precisa dialogar com o dia a dia dessas pessoas.
Então, como ser elegante no SEU contexto?
A pergunta que a gente deveria fazer não é: “Como eu posso parecer a Kate Middleton?”, mas sim: “Como eu posso estar elegante na minha realidade, com a minha rotina, no meu ambiente de trabalho?”. Aqui vão algumas reflexões que podem ajudar:
1. Pense onde você mora
O clima da sua cidade deve influenciar diretamente suas escolhas. Tecidos leves e respiráveis, como o linho, algodão e viscose, cores claras e modelagens mais soltas podem ser muito mais elegantes em uma cidade quente do que roupas pesadas que geram desconforto. Elegância também é saber adaptar.
2. Considere o seu ambiente de trabalho
Você trabalha em um escritório formal, onde há reuniões constantes com clientes? Ou está em um ambiente mais casual e criativo, com liberdade para ousar um pouco mais? Cada espaço pede uma linguagem visual — e entender isso é parte do processo de se vestir bem.
3. Olhe para o seu segmento
O setor em que você atua também influencia. Um profissional da saúde, por exemplo, precisa de funcionalidade. Já alguém que trabalha com moda ou design pode explorar mais tendências. Ser elegante é também respeitar a natureza do seu trabalho.
4. Observe as funções que você exerce
Se o seu dia é agitado, envolve locomoção, reuniões, organização e execução, não faz sentido se prender a peças que limitam seus movimentos. A elegância mora também na praticidade: se a roupa funciona, se te acompanha bem, ela é elegante.
5. Conheça o dress code da sua empresa
Existem dress code formais, criativos, casuais… e o ideal é que você saiba transitar dentro desse código com autenticidade. Um look elegante dentro do dress code criativo pode ter mais cor, mais textura e até acessórios ousados. E ainda assim, estar impecável.
6. Aprofunde seu repertório visual
Aprender a usar o círculo cromático pode transformar a forma como você monta seus looks. Conhecer combinações de cores que funcionam entre si e entender como criar harmonia visual faz toda a diferença. Quando você desenvolve esse olhar, começa a compor produções mais coerentes com a sua identidade e mais agradáveis aos olhos — e isso também é uma forma de elegância.
7. Priorize o caimento das peças
Não é sobre estar com a peça “da moda”, mas sobre como ela veste no seu corpo. Um look com bom caimento transmite cuidado, transmite intenção. Roupas que te vestem bem valorizam a sua silhueta e mostram que você conhece o seu corpo — isso comunica elegância de forma sutil e poderosa.
8. Cuide dos detalhes
Botões soltos, tecidos amassados, gola desalinhada… Às vezes, o que tira a elegância de um visual não é a roupa em si, mas a forma como ela está apresentada. A atenção aos detalhes passa uma imagem de zelo e profissionalismo que vai muito além da estética.
Elegância tem mais a ver com harmonia do que com rigidez
No fim das contas, estar elegante é estar em harmonia. Com você mesma, com o que você está fazendo, com o ambiente em que você está inserida.
É vestir algo que comunica o que você quer passar, mas também que respeita as condições e necessidades do seu cotidiano.
É por isso que, aqui na Dash, a gente acredita em uma elegância que nasce do contexto. Que é construída a partir do autoconhecimento, do entendimento do espaço e da adaptação.
Que não vem pronta num molde europeu, mas que é desenhada com propósito, sensibilidade e coerência.
A elegância que faz sentido pra você
Você pode ser elegante usando tênis, calça de alfaiataria com t-shirt, vestido leve com sandália, jaleco colorido, conjunto estampado.
A elegância de verdade está nos detalhes: no cuidado com o que você escolhe vestir, na intenção por trás da combinação, no conforto que aquilo te proporciona.
Não existe um único caminho. Existe o SEU caminho. E ele pode (e deve) ser elegante — do seu jeito.
Na dúvida, vem conversar com a gente. A Dash está aqui pra pensar o uniforme que representa a sua equipe e o seu contexto. Com autenticidade, leveza e, claro, elegância.